quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ditadura.....



Ditadura?

Saudações meus companheiros!

Espero que estejam todos bem.

Um dia desses, vi um post no facebook comparando o período ditatorial com os dias atuais. No texto, o autor falava que tudo “podia” fazer, menos falar mal do presidente. Falava ainda que nos dias atuais nada pode, exceto falar mal do tal presidente. Refere-se a não poder namorar na rua, ter sua família, sentar em um bar para tomar uma com os amigos e outras coisas mais.

Bem, dito isso, ainda tratando da ditadura, podemos observar que a vida era dura. Os abusos dos militares, a repulsa, a censura, a tortura, falta de democracia...... Mas será que realmente a vida era difícil? Não posso afirmar muita coisa por não ter vivido no período.
Nos dias atuais, está difícil sobreviver. Nada pode! Não temos segurança para trabalhar, estudar, constituir familiar, não temos acesso à saúde e deparamos com dificuldades em curtir as opções de lazer. A violência está muito grande e a impunidade cada vez mais presente.

Observo ainda que o “pessoal” vivia reclamando e queria uma mudança. Uma dessas radicais que mexem com as estruturas. Batalharam, sofreram e conseguiram, com o movimento das “DIRETAS”, eleger um presidente pela vontade do povo.
Hoje não está muito diferente. Vivemos um momento ímpar de nossa história! Percebemos que estamos fartos de tanta desigualdade, violência, impunidade e uma corrupção exacerbada.

Tudo bem que temos um certo acesso à educação e uma renda um tanto quanto razoável, mas não podemos usufruir dessas conquistas que é bastante relevante.
Nessa miscelânea de conceitos e até mesmo uma certa mistura entre o pretérito e o presente, hoje convivemos com “morro do Dendê é ruim de invadir”, “queimando até a última ponta”, “mais uma dose” e outros trechos de música que estão na boca do povo.
Somos obrigados a digerir e aceitar o “deita e rola” do governo, os excessos cometidos pelos senhores deputados e senadores. E é verdade, somos obrigados porque ainda não despertamos nosso poder de mudança. As manifestações pró-liberação de entorpecentes e proteção aos homossexuais, fazem mais sucesso que algo anticorrupção. Sem contar com um agravante, essas pessoas que estão no poder são, em sua maioria, aquelas que afrontaram o poder ditatorial, inclusive nossa ilustre presidenta da república e diversos ministros e secretários do alto escalão do governo.

E por falar em afronta, sinto, inclusive, que existe certo revanchismo contra os militares. É só observar o que vem acontecendo tanto aqui quanto nos demais estados da federação. Em São Paulo, o “pau tá quebrando” para o lado dos PMs e ninguém faz nada. Será por quê? Hoje em dia, os militares não tem muita condição de trabalho, já que estão vendo esvaziar seu poder de ação. Até mesmo esse prende e solta que não tem mais fim, serve de exemplo para certificar o que fora afirmado. Ah, e não me venham dizer que estou protegendo os militares. Penso que posicionar-se contra a PM é fazer o mesmo com o restante da sociedade. Quando ocorre essa subtração de poder, de forma subsequente, aumentamos a insegurança ao ampliar a impunidade dos criminosos.

Bem, depois de tanto rodeio e até mesmo um texto pouco organizado, penso que, mesmo com todo esse cenário adverso, temos condições de mudar. Falo de mudança profunda, que varra essa corja e que limpe nossa cara perante o resto do mundo. Algo como uma reforma política que realmente profissionalize a administração pública, onde os órgãos e entidades sejam voltados para o bem estar social de forma a atender os anseios da população.


Resumo da ópera: no próximo texto devo abordar essas atrocidades que vem acontecendo contra crianças. Meninas violentadas e assassinadas de forma brutal. Mas, como o texto de hoje, gostaria de chamar a atenção sobre a responsabilidade de cada um, sobre o que cada um pode fazer. E esse poder vai muito além de manifestações de luto nas redes sociais. Ah, e será por que introduzi meu texto com base na ditadura? Pense!


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Eleições....




Eleições, você vota ou votam por você!

Saudações meus nobres companheiros!

Após algum tempo sem publicações, tentarei retornar com o blog novamente abordando assuntos de interesse da área de segurança e, porque não, de interesse geral.

Parei com as publicações por causa de uma certa desmotivação mas, pensando bem, retornarei para que não me arrependa posteriormente por não tentar mudar algo para nossa sociedade.

Indo ao ponto, para muitos as eleições já se foram, cumprimos com nossa obrigação em votar e agora vamos pagar o preço pelo período de quatro anos que seguem. Digo isso porque teremos que “tolerar” algumas figurinhas repetidas que pensei que não mais veria.

Não me sai da cabeça uma cena que presenciei no dia da votação, quando, enquanto caminhava para a urna de forma a cumprir com meu compromisso, vi várias pessoas catando “santinhos” na rua para votar. Retornando para minha residência, fiquei pensando: fui e votei consciente, mas a grande maioria esmagadora não o faz de tal forma. Votam de qualquer jeito e entregam o legislativo e o executivo para pessoas que muitas vezes se mostram despreparadas.

Dito isso, passei a questionar minha postura do período que antecedeu a eleição, onde colhi as informações sobre as opções que tinha, ponderei e cheguei a conclusão em quem votar e fiz de acordo com isso. Mas não levei tais informações para as demais pessoas que se portam alheias ao processo eleitoral.

O fato é que os políticos prezam pela manutenção da ignorância da população de forma a manipularem a situação, fazendo com que ocorra a perpetuação do poder nas mãos de pessoas pichadas, com passado deturpado e de reputação nada ilibada. Basta olhar para o Congresso Nacional e a cúpula da administração pública, onde muitos estão envolvidos em situações no mínimo constrangedoras. Quem foi nossa chefe do Executivo?
Bem, mas como eles conseguem fazer isso? Como o Collor está de volta? O que o Sarney está fazendo lá e ainda na condição de presidente da casa? Onde está o Sr. Demóstenes? Roberto Jeferson? Maluf?

Pode até parecer brincadeira, mas não me assustarei se amanhã ou depois deparar com um desses de volta ao poder. E não é só porque o brasileiro tem memória curta, é porque a grande maioria sofre da doença da desinformação, querem mudar mas não movem uma palha. Quantos de vocês escutam “A voz do Brasil às 19hs”? Lá tem um mundo de informações em um curto espaço de tempo, de graça e disponível para todo mundo. Quantos de vocês leem o jornal mais vendido em Minas Gerais? Este que não informa muita coisa mas é campeão de vendas. Os sites da internet mais visitados, certamente, não são aqueles que prestam o serviço de informação de qualidade.

Bem, dito isso, retorno ao valor do voto. Será porque gastam tanto com eleições? Por qual motivo compram votos? E se não compram, investem pesado em publicidade. A divulgação é maçante, consistente de forma a canalizar os votos. Não vou me apegar a criticar isso, mas as pessoas que tem alguma informação não se deixam influenciar por essas propagandas.
O valor a que me refiro, vai muito além do vereador, prefeito, deputados, senadores, governadores ou presidente. Temos que enxergar a profundidade de um gesto tão simples. Talvez isso não seja novidade para quem está lendo, mas estou certo que é para a grande maioria da população.

Quando você contribui para a eleição de um certo prefeito, ele não vai só. Leva uma equipe de governo, pessoas que você não conhece e que não votou. Ele tem uma equipe de governo que “contribuirá” trabalhando em cargos de confiança. Tá certo, a lei permite isso e é assim que será. Aquele administrador regional, algum secretário da prefeitura só está lá por causa do seu voto!

Ao eleger vereadores, eles são seus “REPRESENTANTES” na câmara municipal e é de lá que sairão as leis que regem sua vida. Quando ele vota ou sugere um projeto de lei, é o mesmo que você fazer isso. Sendo assim, quando uma lei que aumenta o valor do salário de um vereador é votada e aprovada, é o mesmo que você fazer isso!! Trágico? Claro que não! É assim mesmo! E não adianta reclamar, mostrar nomes de uns ou outros que votaram em tal aumento, sendo que na próxima eleição ele estará de volta. Estou em Contagem, mas vejam o que aconteceu em Belo Horizonte!!!!!

E assim por diante. Em âmbito federal, as coisas seguem do mesmo jeito. Para quem foram seus votos nas eleições de 2010? O que o merecedor do seu voto está fazendo para merecê-lo novamente em 2014? Você votou em algum Ministro? Rs....eles são indicados por quem você votou....

Pode parecer besteira querer começar agora algum tipo de manifestação para auferir algum resultado positivo nas próximas eleições. Mas não é. Ano que vem tem Copa das Confederações aqui e logo em seguida temos a Copa do Mundo no Brasil, alguém tem dúvidas de que o país vai parar? Sem contar que a globo deve lançar mais um sucesso que desvia todo o foco dos corruptos, colaborando, dessa forma, para que eles sigam ilesos.
Vou movimentando nosso blog, devagar, de acordo com minhas possibilidades e contando com a colaboração, divulgação e crítica dos meus amigos e parceiros. A intenção é canalizar esforços de forma a criar condições para um panorama social diferente. Você que está lendo já faz parte disso e tem a oportunidade de fazer algo diferente sem perder muito do seu tempo. Compartilha a ideia e divulgue dentro das suas possibilidades.

O facebook está aí não só para escrever Oi oi oi, não só para convites de festas, frases de efeito, pensamentos que não praticamos, chacotas sobre futebol ou comentários sobre o final da novela. Ele é uma ferramenta que deve ser usada se a ideia é boa. E não adianta reclamar de propaganda política, já que é um meio aberto e desde que você cria uma conta, está sujeito a isso.


Resumo da ópera: se você que colher algo mais a frente, a semeadura deve ser pretérita. Depois de pouco vai adiantar ficar reclamando do que houve e é justamente assim que estou me sentindo, chateado por não ter participado de forma mais efetiva. Agora, devemos pensar mais a frente. Analisar o panorama atual e projetar o que queremos para o futuro. Infelizmente, vivemos num país onde a cultura é reduzida, mas nós que dispomos de um pouco dessa, devemos fazer diferente e tentar congregar nossos amigos que estão marginalizados no que tange a informação. Devemos procurar caminhos e criar meios para que nossas vontades sejam satisfeitas de forma a criar condições para a existência de uma sociedade em condições mínimas de sobrevivência. Não adianta idolatrar o Ministro Joaquim Barbosa por está fazendo justamente seu trabalho, se nós mesmos não vamos nossa parte do processo. Muitos estão pedindo tal ministro como presidente da república, imaginem se ele concorresse com o Collor...quem venceria? Tenho minhas dúvidas...Pense nisso!



sexta-feira, 27 de julho de 2012


Fatalidade em São Paulo



As coisas seguem cada vez pior.
Na semana passada, tivemos a oportunidade de acompanhar o caso dos policiais militares de São Paulo que tiveram um desacerto em uma ocorrência onde faleceu um publicitário.
Em um programa de televisão, vi as imagens com alguns detalhes da abordagem que me chamaram a atenção. Reparei que o veículo da pessoa já vinha sendo acompanhado, em alta velocidade, por um longo caminho e por diversas viaturas. Vi também que a Blazer fez um retornou e ficou frente a frente com o veículo suspeito, com os faróis ligados e em uma rua escura. Nessa hora, houve os disparos e o publicitário veio a óbito.

Deixando essa breve introdução de lado, gostaria de falar sobre os Doutores da Lei que já julgaram e apenaram os PMs envolvidos no caso, umas vez que eles foram tratados por assassinos que executaram uma vítima inocente. Isso, naturalmente, já traz um rancor para toda a sociedade que certamente exigirá uma postura mais forte do judiciário para que os militares paguem e caro pelo que fizeram. Eu, não gostaria de compor um júri desses.
Quando a PM faz um bom serviço e prende em flagrante alguém por algum crime, a imprensa trata o cidadão infrator apenas por suspeito. Até mesmo a corporação dispensa tal tratamento uma vez que quem julga é o juiz. Mas nos casos envolvendo militares temos que agüentar esse pré-julgamento.

Antes de falar sobre o ocorrido, gostaria de salientar que entendo a culpa dos policiais, mas a profundidade desta culpabilidade deve ser bem avaliada para que eles não sofram ou paguem além da conta. Digo também que, mesmo não o conhecendo, lamento muito pela morte de uma pessoa que até então é inocente na situação.
Indo ao caso sem delongas, o Estado de São Paulo vive uma guerra urbana, onde vemos vários atentados contra os servidores militares, guaritas, quartéis. Já parou para pensar no nível de estresse que esse policiais trabalham? Ainda mais que em tempos mais tranqüilos. Falo isso porque já trabalhei na rua e sei bem como funciona. Alguém que não seja PM já teve a oportunidade de escutar a “nossa” rede de rádio por alguns minutos? Agora tente imaginar como estavam as comunicações na hora que o veículo estava, provavelmente, evadindo das viaturas. Para quem é militar sabe, esse tipo de abordagem é o mais perigoso que tem, onde é realizada de forma frontal. Agora raciocinem comigo, abordagem de frente, sem ter como precisar quantas pessoas estão no veículo, rua sem iluminação e com um farol no rosto, é o nível máximo de dificuldade.

Dito isso podemos, no mínimo, concluir que os Policiais consideraram que o risco de morte era eminente sendo necessária uma postura um tanto quanto mais ativa para minimizar qualquer dano para a guarnição presente no local.
Não sou advogado e não quero defender ninguém. Também não sou perito para afirmar como os disparos foram efetuados e atestar que se tratou de execução ou não. Só quero exemplificar com esse trágico ocorrido o quão difícil é a função de proteger a sociedade.

Eles saem realmente sem saber se voltam. Trabalham no fio da navalha, onde qualquer erro seja por excesso ou omissão pode custar vidas. Saem para as ruas não só arriscando suas vidas, mas a de suas famílias e a sua liberdade. Mas e daí? São pagos para isso!!! E é isso que são obrigados a ouvir. Recebem mal, trabalham em condições precárias, não são valorizados nem tampouco respeitados.
Não vejo argumento para não perceberem periculosidade ou insalubridade. Isso mostra o quanto tal atividade é peculiar e deve ser tratada como tal. O Estado e a sociedade não podem simplesmente ignorar, virar a cara, crucificar e fingir que não tem nada acontecendo.

Lamento mesmo pela morte ocorrida e pelo preço que os policiais pagarão, certamente será alto. Ao menos o comando de lá não vira a cara. Põe à tapa e procura sempre um discurso mais protecionista, ainda que diante de uma situação tão adversa.
E de pouco vai adiantar ficar chorando o leite derramado ou criticar de forma desenfreada, sem embasamento e sem apresentar algum tipo de solução viável. Cansei de receber alguns folhetos da PM instruindo comerciantes, transeuntes e pessoas que estão em viagem. Penso que poderia fazer um desse orientando as pessoas em como se comportarem diante de uma abordagem policial, apresentando os riscos para todos os envolvidos e ampliar essa divulgação.

Resumo da ópera: está cada dia mais difícil trabalhar. Mesmo com toda prudência num turno de serviço, uma hora algo de errado pode acontecer. A corporação deve trabalhar o psicológico dos militares, oferecer condições dignas de trabalho e procurar minimizar o estresse que é muito elevado dentro dos quartéis. Não devemos lavar as mãos e “virar a cara” para um fato desses. Todos que trabalham no serviço operacional estão sujeitos. Muitas vezes o turno está tranqüilo, e do nada surge uma bomba atômica para desarmar. Todo negócio tem um risco, toda profissão tem seus ossos, mas o policial paga muito caro. Sei que isso pode parecer besteira, mas se coloque no lugar daqueles que estavam lá nas condições que foram apresentadas e responda: atiraria?

sexta-feira, 20 de julho de 2012


Descriminalização....


Saudações combatentes!

Parece que cada dia fica ainda mais difícil. As propostas de alterações ao Código Penal tem muita coisa boa, mas tem alguns tópicos que, sinceramente, são uma afronta a estabilidade e evolução social.

Muitos afirmaram que se tratam apenas de adequações aos dias atuais, uma vez que a lei anterior é muito antiga. Foi anexado o crime de homofobia, que é um dos assuntos atuais, o desacato está deixando de existir e passaria a compor o crime de injúria além de outros. Mas o que mais me chamou a atenção foi a proposta para descriminalização do uso de algumas drogas e entorpecentes.
Gente, agora deixarei a norma culta um pouco de lado para falar melhor. Isso é um absurdo! 

E mais, é um tapa da cara das instituições de segurança pública e, é claro que principalmente, da PM. Ela que sempre combateu o tráfico e até mesmo os usuários, agora terá que tolerar o uso indiscriminado e fingir que não esta vendo. Agora sim, estão querendo jogar a sociedade no lixo!!!
E a cara de pau em afirmar que em alguns países o uso limitado é permitido! Não sei onde vamos parar, os brasileiros não tem limites.

Um dia desses, vi veicular diversas campanhas cobrando da PM um tratamento humanizado aos doentes (usuários). Alguns dias depois, no facebook, vi um post afirmando que o comando estaria divulgando um documento o qual estaria cobrando dos policiais uma postura mais suave quando das abordagens aos dependentes. Muito legal! Muito bom hein!!! Vamos trata-los como doentes e deixar os doentes de verdade de lado. O SUS já não suporta seus atuais clientes. E por falar no sistema único, recentemente vi uma pesquisa que aponta o tabaco como o principal causador de diversas doenças, e que tais comprometem boa parte do orçamento da saúde.

O álcool já foi liberado e é um dos causadores de mortes no trânsito. Mas agora não tem mais jeito. Já imaginou se o Governo resolve colocar na ilegalidade a bebida e o cigarro? E não adianta falar que não tem nada a ver, se não tivesse, a venda de tais produtos não seria restrita a menores.

Com relação ao tratamento humanizado, gostaria de sugerir que alguém do alto escalão do comando, do governo, judiciário ou legislativo participe de uma ocorrência envolvendo usuário. E de preferência que esteja bastante agressivo, furioso. Vai lá tentar levar na ideia, no argumento. Vai tentar manter um diálogo. Tente usar alguma técnica de imobilização. Pode até conseguir poupar a integridade física do agressor, mas colocará a sua em xeque.

Mas ficou uma dúvida: quando alguém estiver com algum problema com um dependente que esteja agressivo ou em crise de abstinência, para quem deve ligar? PM? BM? SAMU?
Os Bombeiros já têm outras ocupações e não têm como dispensar atenção para isso. O SAMU já está sobrecarregado em virtude do excesso de chamadas e falta de ambulâncias. Aí, vai sobrar para a Pai e Mãe de Muita Gente. Tudo bem, que assim seja, mas para onde conduzir o usuário, vítima, doente, agressor ou sei lá qual adjetivo seja mais cabível?

Podem até utilizar esse argumento para afirmar que vão reduzir o número de mortes em razão do tráfico. Mera besteira. Os cientistas buscam remédios para as causas, não para os efeitos. De pouco adianta você tratar os sintomas se a peste segue impregnada.
Parece que estão depondo contra a ordem pública disseminando a discórdia e causando um tumulto generalizado. Sinto que, assim como a ONU, julgam os militares incompatíveis com a sociedade contemporânea e querem destituí-los do pouco poder que ainda resta.

Estão deturpando todo conceito já estatizado, depondo contra o convívio pacífico e jogando o nome do Estado no lixo. No andar da carruagem, em não muito tempo, estaremos convivendo com as drogas que já são realidade nos dias atuais. Nas festas, confraternizações, naquele churrasco da família, nossos filhos e netos poderão ser enfeitiçados pela facilidade e o acesso irrestrito as drogas e irão chamar a PM caso se sintam constrangidos ou discriminados.

Resumo da ópera: já trabalhei muito tempo na rua e sei bem como é. Já vi de perto muitas famílias afundando na lama por causa de um usuário. E isso é algo que não tem relação com nível de renda, instrução ou classe social. É um inferno, parece um furacão com todo efeito devastador ou um terremoto na escala máxima de intensidade. Se a descriminalização vai resolver o problema, penso que não. Acredito que esse será um fator multiplicador que trará danos irreversíveis para as famílias como um todo.

Nosso aparato de leis conta com as contravenções penais, aquelas de menor potencial agressivo. Acredito que colocando o uso de drogas nesse rol legal, com algum tipo de multa ou trabalho “voluntário” em instituições de assistência social, poderia contribuir muito mais com a redução do índice de consumo de drogas que a liberação total.

sexta-feira, 13 de julho de 2012


O poder da mídia


Saudações pessoas de bem!
Essa semana abordarei a mídia, mais conhecida como o quarto poder.
Durante a ditadura, muito se falava da censura e da não existência da liberdade de expressão e do direito de informação. Não sei bem como funcionava o controle governamental sobre o trabalho e ações das emissoras de rádio e televisão bem como dos jornais, mas em muitos documentários já ouvi até falar sobre a existência de um órgão destinado a isso.

O fato é que os dias são outros. Parece que vivemos num mundo onde quase tudo pode. E como tudo mudou, a mídia também o fez e muitas vezes parece que quer “descontar” aquilo que sofreu num passado relativamente recente, curiosamente durante o governo Militar.
Sem querer exagerar, mas a mídia controla a opinião pública e noticia somente aquilo que lhe é viável. E é isso mesmo, trabalha basicamente sobre um sensacionalismo e na grande maioria das vezes criticando e atacando os órgãos de defesa social. Aliás, não são só eles que são alvos, artistas, pessoas públicas, influentes e de posses acabam por pagar o preço por uma sociedade com pouca cultura. E para não parecer ridículo ou preconceituoso, cito alguns exemplos.

Recentemente um produtor do Thiaguinho, que é uma figura artística, arremessou uma bombinha do meio da rua, veio uma cadela para brincar ou morder o artefato, sendo que este veio a explodir e machucar o animal. Como se tratava de alguém ligado ao referido cantor, rapidamente “caíram matando”, ocasionando a demissão do funcionário, uma superexposição do artista e uma valorização de um assunto que não seria tão importante, mas passou a ser. Deixo claro que gosto muitos dos animais e ficaria enfurecido se algo desse porte ocorresse com meu cachorro, mas se fosse qualquer um dos leitores que fizesse parte como personagem do episódio, nenhum estardalhaço um empenho da mídia teria ocorrido.

Todos os dias várias pessoas morrem vítimas da violência do trânsito, e isso é fato. Agora uma coisa é um motorista lá da roça, que encheu a cara na cachaça e veio a assassinar alguém com seu carro antigo. Outra coisa é o filho de um renomado empresário fazer parte do mesmo fato. Não que eu ache correto qualquer tipo de agressão no trânsito ou combinação de bebida com volante, repudio completamente.

E para finalizar os exemplos, vamos aos casos que envolvem a PM. Essa sim não pode nem respirar fora do compasso que será vítima dos profissionais da mídia. Falo isso porque é assim que ocorre. Eles atacam de forma indiscriminada, qualquer coisa por mínima que seja, acabam por transformar em algo absurdo, criando uma página ou uma chamada atrativa e já crucificando o autor ou personagem da história divulgada. Para ilustrar, imaginem uma ocorrência onde três ladrões armados e em fuga deparam-se com uma viatura, entram em troca de tiros e acabam por entrarem em óbito, como normalmente acontece. Nas manchetes do outro dia, certamente estarão estampadas assim, em letras garrafais e na cor vermelha: PMs ASSASSINAM TRÊS HOMENS SUSPEITOS DE ROUBO. E em virtude da repercussão, o comando geral certamente afirmará que todo excesso será punido nos rigores da legislação vigente. Ou seja, já prenderam, enquadraram e julgaram os combatentes além de criar um sentimento de revolta e animosidade entre a sociedade e o militar.

Do contrário poderia ser noticiado: bandidos morrem ao enfrentarem a PM após violento assalto na capital. Mas assim não tem graça! Assim a corporação não fica em evidência, a sociedade não desacredita o policial e o comando considera a ação como simples e corriqueira.

A verdade é que existe uma manipulação da informação, que considero, de forma irresponsável. Estão mais preocupados com a venda que com o ato de informar propriamente dito.
Como disse no começo, em alguns casos, parece que estão tentando vingança contra o que sofreram no passado. Não temos culpa pelos mandos e desmandos do passado e nem da violência que teria sofrido.
Infelizmente, nossa sociedade ainda é um tanto quanto inculta e de conceitos facilmente manipulados. Um trabalho irresponsável desse tipo acaba por criar certos efeitos colaterais que, na maioria das vezes, serão irreversíveis.

Resumo da ópera: não sou a favor de qualquer tipo de violência contra os animais. Não acho legal acidente de trânsito envolvendo motorista alcoolizado e vítimas fatais. Não tenho contato com artistas ou famosos e não considero o trabalho da mídia de qualidade nos dias atuais. Ela realmente é o quarto poder, e como os outros três, acabam por deteriorar nossa sociedade, a partir do momento que priorizam fatos e notícias que depõe contra a estrutura das polícias e aumentam a sensação de insegurança da população. O certo, é que “batem” muito onde pouco precisa e pouco onde realmente necessita de uma atenção especial. Considero que são uma ferramenta muito importante, forte e eficiente para simplesmente ficarem pegando em assuntos de pouca importância social.

sexta-feira, 6 de julho de 2012


A inércia do poder público


Saudações meus nobres companheiros! Espero que estejam todos bem.
Tive uma semana um tanto quanto conturbada em virtude de uma virose, mas não deixei nosso trabalho de lado. A continuidade é essencial, ainda mais que diversas pessoas estão entrando em contato para saber sobre novas publicações.
Minas Gerais está situada em uma posição estratégica no território nacional, centralizado, fazemos divisa com diversos estados e com todas as regiões do Brasil. Isso faz com que soframos influências de todos esses povos com suas peculiaridades.

Entre os estados limítrofes, destaco o Rio de Janeiro e São Paulo, em especial esse último.
Essa onda de violência que vem assombrando os paulistas parece não ter mais fim. É uma legítima afronta à força estatal, uma vez que observamos os governantes fazendo muito pouco para extinguir ou até mesmo reduzirem a quantidade de ataques que a PM de lá está sofrendo.

Isso é inaceitável! Quando tivermos que tolerar os mandos e desmandos do crime organizado que questiona e coloca em xeque o poderio do Estado, passamos à situação da Colômbia e jogamos a paz social no lixo.
Quando a PMMG nos últimos tempos iniciou um movimento grevista, vimos o Governo da época colocando os homens do exército nas ruas não para garantir a segurança do cidadão de bem, mas para mostrar que o poder segue nas mãos dos políticos e não dos comandantes.

Em outro episódio de destaque internacional, praticamente presenciamos a tomada de algumas favelas do Rio de Janeiro com atuação das forças armadas e até mesmo da força nacional, além de todos os órgãos de segurança pública carioca.

Esses exemplos servem para ilustrar que a vontade política acaba por condicionar e direcionar as ações de vários órgãos, e para indicar que o Governo é o centro de onde deve partir os principais esforços para garantir a ordem pública.
Lá em São Paulo, já não sei quantos PMs foram mortos em ataques e até agora não observei uma atitude concentrada para acabar com isso. Mas o que mais me deixa preocupado, é o fato de fazermos divisa com SP e estarmos sujeitos a sofrer algum respingo por aqui.

Pode parecer sensacionalismo ou receio em excesso, mas será que essas mensagens que rondam a internet avisando que grupos organizados estariam mandando atacar as instituições de segurança? Será que esse aumento de explosões de caixas eletrônicos tem relação com criminosos provenientes de outros estados? Essas mortes de militares nos últimos tempos? Será que estamos preparados para um aumento de demanda desse tipo?

Resumo da ópera: realmente não tenho certeza se estamos preparados para um aumento da criminalidade proveniente da migração de agentes dos estados vizinhos. E o pior, temo pela segurança dos nossos combatentes do interior e sinceramente questiono uma atitude mais positiva e ativa do comando e do governo mineiro para evitar que um mal maior assole nossa sociedade. Só com o nome que a PMMG construiu em todos os anos de sua existência, talvez não seja o suficiente para combater de forma efetiva e eficiente.

sexta-feira, 29 de junho de 2012


TODO ESFORÇO SERÁ RECOMPENSADO



Saudações meus caros companheiros!
Espero que estejam todos bem.
Os acessos e a repercussão do blog estão evoluindo a cada dia, fato que aumenta o meu prazer em procurar escrever textos melhores.
Antes de entrar em um assunto um tanto quanto polêmico, gostaria de estender meus sentimentos aos familiares dos policiais militares do Estado De São Paulo e afirmar que sigo torcendo por um desfecho positivo.


Há pouco tempo atrás, vi num programa de televisão uma reportagem abordando a atuação de um juiz de uma cidade do interior de Minas Gerais que está adotando uma postura diferente para contribuir com a redução da criminalidade. Para quem não viu, o magistrado está escolhendo, de acordo com critérios pré-estabelecidos, alguns presos para participarem de uma espécie de programa de reinserção social, onde o detento trabalha, consegue alguma remuneração, fica de frente a frente com a vítima do seu crime, ressarce do prejuízo e pede desculpas.


À primeira vista pode parecer esquisito ou exageradamente constrangedor para aquele que foi vítima de uma ação criminal, mas pode surtir efeitos positivos para a redução da criminalidade contra o patrimônio.
Afirmo isso em virtude de ter tido a oportunidade de trabalhar no serviço operacional da PMMG e ter efetuado a prisão de diversas pessoas praticando crime e com diversas passagens pela polícia. E isso acontece mais do que pode parecer. A grande maioria dos presos torna-se reincidente.


É sabido que o atual sistema prisional não recupera ninguém. Muitas pessoas até o chamam de “academia do crime”, onde o detento tem contato com outros e acabam por trocarem “experiências de trabalho” e retornarem ainda mais perigosos.
Com esse programa, o juiz certamente não acabará com a criminalidade da cidade onde atua, mas contribuirá de forma significativa para sua redução, uma vez que ele ataca e tenta extinguir justamente a reincidência.


Na minha visão, todo e qualquer esforço positivo, legal, organizado e voltado para a redução da violência é válido. Precisamos de mais atitudes como essa para atingir um nível aceitável de estabilidade social. Esse magistrado pode até não ter encontrado uma “fórmula mágica” para tornar a vida mais segura, mas certamente cria uma nova modalidade de enfrentamento à violência.
Muitos vão crucificar tal atitude, uma vez que ela acaba por fazer uma exposição exagerada da vítima, mas, por outro lado, esta terá seu prejuízo financeiro de volta e acaba por ceder um voto de confiança para aquele que errou “uma” vez. Só um adendo, tive um carro furtado em 2001 e mais que ver o autor preso, gostaria de ter tal bem de volta.



Vale ressaltar que essas medidas só são aplicadas para presos de bom comportamento, primários e de crimes que não causaram lesão ou grave ameaça a vida.
Muitos dos leitores podem pensar que mudei de lado e agora estou defendendo a bandidagem, não é isso. Como já afirmei em publicação anterior, creio que exista um “SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA” e que diversos fatores contribuem para seu sucesso, tais como educação, cultura, órgãos do sistema de defesa social, emprego, legislativo, judiciário e etc. Sendo assim, a atitude do juiz visa a ampliar a ação do judiciário e “COLABORAR” com a redução da criminalidade.

Acredito que essa “fórmula” não seja 100% eficaz, mas de uma forma ou de outra tende a apoiar de alguma forma as polícias e, após um estudo sistemático dos resultados alcançados, poderia ser expandido para demais cidades do nosso Estado.


Resumo da ópera: não podemos ser preconceituosos e de mente fechada para novidades. Temos vários exemplos que o atual sistema prisional não recupera ninguém, fato que cria uma necessidade de alternativas para reinserção do cidadão em conflito com a lei. E isso não quer dizer que temos que ser complacentes ou benevolentes com aqueles que praticam delitos de menor potencial agressivo ou ofensivo, mas, sim, sabedoria para separar o joio do trigo e tentar recuperar aquilo que não está totalmente perdido.

sexta-feira, 22 de junho de 2012


A ASCENÇÃO DA CRIMINALIDADE

Saudações meus nobres companheiros!
Inicialmente gostaria de agradecer a todos pelos acessos ao nosso blog, está sendo um sucesso e um prazer poder escrever para todos vocês.
Para essa semana havia pensado em algo diferente, mas não tive como me furtar da importância dos acontecimentos dos últimos dias, onde perdemos um Policial Militar da ativa cumprindo seu dever, um outro aposentado talvez trabalhando e a tentativa de homicídio contra dois militares em Contagem. Tais fatos me tiraram do sério, fiquei desequilibrado e sem condições de publicar o que realmente gostaria, mas vamos ao trabalho.
Mais que uma nuvem negra que parece pairar sobre a gloriosa, estamos vendo e pagando o preço pela ineficiência dos três Poderes, quais sejam Executivo, Legislativo e Judiciário. O primeiro parece não se importar com as polícias, uma vez que adota políticas de efetivo, salariais e de benefícios que desagradam a todos. O segundo segue criando leis inconsistentes, antigas e de pouca eficácia diante de uma bandidagem que cada vez mais vê motivos para seguir no mundo da criminalidade. E uma justiça, lenta, tardia, falha e coautora no processo da crescente sensação de impunidade.
E é isso mesmo. Parece que atualmente esteja valendo a pena seguir praticando crimes, já que as penas estão cada vez mais atenuadas e, assim, vemos os reincidentes retornando mais perigosos e “escolados” para atuarem na sociedade que está indefesa no meio desse fogo cruzado.
A PM, que já trabalha saturada, tenta fazer seu trabalho de prevenção, que quando falha, muitas vezes prende o cidadão em conflito com a lei e entrega para o judiciário. As leis são brandas e promovem amplos benefícios para o réu, que muitas vezes fica preso por um tempo inferior ao necessário ou sequer fica atrás das grades. Com isso chegam à conclusão que o crime vale a pena e saem crucificando e apedrejando todos que estão ao seu alcance.
Numa dessas, acabam por vitimar pessoas cidadãos comuns, trabalhadores e pessoas de bem, como essas quatro citadas logo no início do texto. E isso são só exemplos mais graves, já que os policiais trabalham diretamente “contra” os criminosos que passam a tratá-los como inimigos, tirando a tranquilidade, ameaçando sua vida e a de seus familiares.
Mas se esses bandidos hoje enfrentam as próprias forças de segurança, o que podem fazer contra os demais da sociedade? Será que ainda tem solução ou vermos nosso Estado se igualar a Rio de Janeiro e São Paulo?
O fato é que enquanto tivermos pessoas no poder, que estão preocupadas apenas em fazer nome, enriquecer e corromperem para o benefício próprio, veremos a PM jogada às traças e a sociedade deixada à própria sorte. Precisamos de representantes efetivos e ativos, que coloquem a cara na frente da tropa e que busquem melhorias efetivas para o sistema como um todo. Abordo mais diretamente a PMMG por ser proveniente dela, mas gostaria que todos os órgãos envolvidos no processo estivessem mais fortalecidos e em condições de prestarem um serviço melhor para a sociedade.
O duro é ter que ver e ouvir muita gente criticando o despreparo das forças de segurança, os abusos e a violência dos policiais, mas não vemos a imprensa noticiar e informar sobre esses atos dignos de terrorista. E a pergunta que não quer calar: onde está o pessoal dos Direitos Humanos?
Gostaria de deixar meus sentimentos a todos que de uma forma ou de outra sofrem com o avanço da criminalidade, em especial aos pais, filhos e familiares daqueles que trabalharam para levantar o nome da PM e pagaram com a própria vida o preço por ser policial em dias tão conturbados.
Deixo um abraço fraternal para aqueles combatentes que diante de tanta adversidade, seguem com o espírito guerreiro suportando as adversidades, arriscando suas vidas objetivando um futuro melhor.

Resumo da ópera: o sistema está todo enfraquecido. Precisamos de uma reforma geral, de leis mais duras, de polícias com condições de combater a criminalidade e de um judiciário que consiga fazer valer a palavra “JUSTIÇA”.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Administração Pública X Administração Gerencial


Saudações meus nobres companheiros! Hoje vai minha primeira publicação onde tratarei de um assunto de suma importância, o efetivo das forças de segurança.
De forma a ilustrar, imagina um Sô Zé que abre uma padaria com um padeiro e um ajudante produzindo e vendendo 1.000 pães ao dia. O negócio prospera de forma que o estabelecimento observa uma demanda de 2.000 pães ao dia. Sendo assim, o sensato Zé passa a ter dois padeiros e dois ajudantes de produção para aumentar sua lucratividade e produtividade. E assim, por diante, o estabelecimento vai expandindo e cada vez mais funcionários são anexados.

Se o empreendedor não acompanhasse a demanda, ou estaria sobrecarregando os atuais empregados, causando pedidos de demissão, ou perderia market share (participação no mercado) e consequentemente passaria a obter um lucro aquém do que é capaz.
Mas o Sô Zé não é bobo, e mesmo não tendo muita instrução sabe que deve adequar sua máquina produtiva para cada vez mais fortalecer sua padaria.

E isso não serve só para os pequenos negócios. Com conhecimento de causa, atesto que as grandes empresas multinacionais sequem esse mesmo princípio básico, qual seja, a capacidade produtiva adequada à demanda de mercado.
Pois bem, desde a efetivação do princípio administrativo da Eficiência, o Estado passou a implantar a Administração Gerencial nos órgãos públicos. Mas na nossa gloriosa isso só é considerado em alguns aspectos. Observa-se um serviço estatístico que serve basicamente para incrementar e argumentar a cobrança sobre a tropa, mas que não é utilizado diretamente para aumento de efetivo diante da elevação da demanda.

A população aumenta em progressão, muitas vezes geométrica, mas não observamos um aumento proporcional de policiais para atender a nova demanda, e isso é fato. De pouco adianta criarem programas fica vivo, olho vivo, vila viva, patrulha da família ou comunitária, se não tem gente para atender as ocorrências.
Se em determinado setor de trabalho existe um bairro e uma viatura para fazer a prevenção, quando existirem dez bairros deveria ocorrer um crescimento da quantidade de policiais para garantirem o atendimento eficaz e eficiente. Quando vai ocorrer um evento, o organizador comunica a Polícia Militar que, diante do público previsto, desloca uma tropa capaz de garantir a segurança. Mas por que em alguns casos a corporação analisa a demanda e em outras não?

Sem mais delongas, o efetivo é pouco e observa-se que os policiais estão sendo sugados! Os comandantes locais e regionais são cobrados pelos superiores por resultados e jogam isso sobre a tropa que paga o preço, trabalhando em escalas abusivas perdendo o lazer e o convívio familiar.
Além disso, vimos numa negociação salarial o Governo lavar as mãos e afirmar ter melhorado as condições de trabalho da PMMG! O policial precisa muito mais que um salário digno, é necessário respeito e tempo para cuidar da sua família e outras atividades extra corporação.

Ao que me parece, tem gente mais preocupada em garantir a preservação dos seus cargos de confiança a olhar para o lado da família policial militar. Nossos representantes devem cobrar do alto comando uma postura diferente para não crucificar a instituição e queimar o filme perante a sociedade.
Para finalizar, um aumento salarial insignificante (diante da inflamação que corroe o poder aquisitivo) para a tropa, onera bem menos o orçamento do Estado que um aumento do efetivo. Pensem na última negociação de remuneração diante da perspectiva de aumento de efetivo.

Comentem, critiquem, discutam e compartilhem! Vamos levar informação e tentar mobilizar alguma coisa para melhorar.

Resumo da ópera: até os mais leigos sabem e estão vendo que as instituições ligadas à Segurança Pública estão sobrecarregadas, enfraquecidas e ineficientes diante de um panorama adverso e uma sociedade cada vez mais carente por serviços relacionados a esta área. Se não fosse uma tropa imbuída, o cenário certamente seria muito pior.