sexta-feira, 15 de junho de 2012


Administração Pública X Administração Gerencial


Saudações meus nobres companheiros! Hoje vai minha primeira publicação onde tratarei de um assunto de suma importância, o efetivo das forças de segurança.
De forma a ilustrar, imagina um Sô Zé que abre uma padaria com um padeiro e um ajudante produzindo e vendendo 1.000 pães ao dia. O negócio prospera de forma que o estabelecimento observa uma demanda de 2.000 pães ao dia. Sendo assim, o sensato Zé passa a ter dois padeiros e dois ajudantes de produção para aumentar sua lucratividade e produtividade. E assim, por diante, o estabelecimento vai expandindo e cada vez mais funcionários são anexados.

Se o empreendedor não acompanhasse a demanda, ou estaria sobrecarregando os atuais empregados, causando pedidos de demissão, ou perderia market share (participação no mercado) e consequentemente passaria a obter um lucro aquém do que é capaz.
Mas o Sô Zé não é bobo, e mesmo não tendo muita instrução sabe que deve adequar sua máquina produtiva para cada vez mais fortalecer sua padaria.

E isso não serve só para os pequenos negócios. Com conhecimento de causa, atesto que as grandes empresas multinacionais sequem esse mesmo princípio básico, qual seja, a capacidade produtiva adequada à demanda de mercado.
Pois bem, desde a efetivação do princípio administrativo da Eficiência, o Estado passou a implantar a Administração Gerencial nos órgãos públicos. Mas na nossa gloriosa isso só é considerado em alguns aspectos. Observa-se um serviço estatístico que serve basicamente para incrementar e argumentar a cobrança sobre a tropa, mas que não é utilizado diretamente para aumento de efetivo diante da elevação da demanda.

A população aumenta em progressão, muitas vezes geométrica, mas não observamos um aumento proporcional de policiais para atender a nova demanda, e isso é fato. De pouco adianta criarem programas fica vivo, olho vivo, vila viva, patrulha da família ou comunitária, se não tem gente para atender as ocorrências.
Se em determinado setor de trabalho existe um bairro e uma viatura para fazer a prevenção, quando existirem dez bairros deveria ocorrer um crescimento da quantidade de policiais para garantirem o atendimento eficaz e eficiente. Quando vai ocorrer um evento, o organizador comunica a Polícia Militar que, diante do público previsto, desloca uma tropa capaz de garantir a segurança. Mas por que em alguns casos a corporação analisa a demanda e em outras não?

Sem mais delongas, o efetivo é pouco e observa-se que os policiais estão sendo sugados! Os comandantes locais e regionais são cobrados pelos superiores por resultados e jogam isso sobre a tropa que paga o preço, trabalhando em escalas abusivas perdendo o lazer e o convívio familiar.
Além disso, vimos numa negociação salarial o Governo lavar as mãos e afirmar ter melhorado as condições de trabalho da PMMG! O policial precisa muito mais que um salário digno, é necessário respeito e tempo para cuidar da sua família e outras atividades extra corporação.

Ao que me parece, tem gente mais preocupada em garantir a preservação dos seus cargos de confiança a olhar para o lado da família policial militar. Nossos representantes devem cobrar do alto comando uma postura diferente para não crucificar a instituição e queimar o filme perante a sociedade.
Para finalizar, um aumento salarial insignificante (diante da inflamação que corroe o poder aquisitivo) para a tropa, onera bem menos o orçamento do Estado que um aumento do efetivo. Pensem na última negociação de remuneração diante da perspectiva de aumento de efetivo.

Comentem, critiquem, discutam e compartilhem! Vamos levar informação e tentar mobilizar alguma coisa para melhorar.

Resumo da ópera: até os mais leigos sabem e estão vendo que as instituições ligadas à Segurança Pública estão sobrecarregadas, enfraquecidas e ineficientes diante de um panorama adverso e uma sociedade cada vez mais carente por serviços relacionados a esta área. Se não fosse uma tropa imbuída, o cenário certamente seria muito pior.

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Caro Rodrigo!
    Parabéns pelo texto. Como você mesmo disse, até os mais leigos percebem a situação.
    Na minha opinião, chega de passividade da nossa parte, nós Brasileiros aceitamos e esquecemos de tudo muito fácil. A hora é agora!!!

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  3. É Mathias, se tivesse publicado este excelente texto meses atras, sabe que o mais perto que iria seria Jampruca, pra não falar em Manga ou Salto da Divisa!! Rsrsss
    Mais, brincadeiras a parte, o texto é uma bela reflexão, e sabemos que é assim mesmo, pena que neste aspecto a "modernidade" e os "novos tempos" tardam a chegar!!
    Abraços!!!

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  4. Mathias ESTAMOS JUNTOS.VAMOS QUE VAMOS. PM vota em PM.

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  5. É PENA QUE TUDO ISTO SEJA VERDADE, O GOVERNO ESTÁ POUCO INTERESSADO, PRA NÃO DIZER TOTALMENTE DESENTERESSADO,COM OS POLICIAIS MILITARES, A FAMÍLIA QUE DEVERIA SER O BEM MAIS PRECIOSO DO CIDADÃO É QUE SOFRE AS CONSEQUÊNCIAS...A 6 MESES A TRÁS, TIVEMOS NOSSO CARRO INCENDIADO (JÁ SAIU O LAUDO, E FOI CRIMINOSO), NA PORTA DE NOSSA CASA, NINGUÉM SE MANIFESTOU ATÉ HJ, DIGO AS AUTORIDADES COPETENTES!!!! NÃO ATINGIU SOMENTE MEU ESPOSO QUE É PM, MAS A MIM E AOS NOSSOS 2 FILHOS!!!
    MAS PROSIGA, NÃO DESISTA, OBSTÁCULOS VEM PARA NOS FAZER CRESCER, PARABÉNS PELO BELO TRABALHO RODRIGO....

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