Ditadura?
Saudações meus companheiros!
Espero que estejam todos
bem.
Um dia desses, vi um post no
facebook comparando o período ditatorial com os dias atuais. No texto, o autor
falava que tudo “podia” fazer, menos falar mal do presidente. Falava ainda que
nos dias atuais nada pode, exceto falar mal do tal presidente. Refere-se a não
poder namorar na rua, ter sua família, sentar em um bar para tomar uma com os
amigos e outras coisas mais.
Bem, dito isso, ainda
tratando da ditadura, podemos observar que a vida era dura. Os abusos dos
militares, a repulsa, a censura, a tortura, falta de democracia...... Mas será
que realmente a vida era difícil? Não posso afirmar muita coisa por não ter
vivido no período.
Nos dias atuais, está
difícil sobreviver. Nada pode! Não temos segurança para trabalhar, estudar,
constituir familiar, não temos acesso à saúde e deparamos com dificuldades em
curtir as opções de lazer. A violência está muito grande e a impunidade cada
vez mais presente.
Observo ainda que o
“pessoal” vivia reclamando e queria uma mudança. Uma dessas radicais que mexem
com as estruturas. Batalharam, sofreram e conseguiram, com o movimento das
“DIRETAS”, eleger um presidente pela vontade do povo.
Hoje não está muito
diferente. Vivemos um momento ímpar de nossa história! Percebemos que estamos
fartos de tanta desigualdade, violência, impunidade e uma corrupção exacerbada.
Tudo bem que temos um certo
acesso à educação e uma renda um tanto quanto razoável, mas não podemos
usufruir dessas conquistas que é bastante relevante.
Nessa miscelânea de
conceitos e até mesmo uma certa mistura entre o pretérito e o presente, hoje
convivemos com “morro do Dendê é ruim de invadir”, “queimando até a última
ponta”, “mais uma dose” e outros trechos de música que estão na boca do povo.
Somos obrigados a digerir e
aceitar o “deita e rola” do governo, os excessos cometidos pelos senhores
deputados e senadores. E é verdade, somos obrigados porque ainda não
despertamos nosso poder de mudança. As manifestações pró-liberação de
entorpecentes e proteção aos homossexuais, fazem mais sucesso que algo
anticorrupção. Sem contar com um agravante, essas pessoas que estão no poder
são, em sua maioria, aquelas que afrontaram o poder ditatorial, inclusive nossa
ilustre presidenta da república e diversos ministros e secretários do alto
escalão do governo.
E por falar em afronta,
sinto, inclusive, que existe certo revanchismo contra os militares. É só
observar o que vem acontecendo tanto aqui quanto nos demais estados da
federação. Em São Paulo, o “pau tá quebrando” para o lado dos PMs e ninguém faz
nada. Será por quê? Hoje em dia, os militares não tem muita condição de
trabalho, já que estão vendo esvaziar seu poder de ação. Até mesmo esse prende
e solta que não tem mais fim, serve de exemplo para certificar o que fora
afirmado. Ah, e não me venham dizer que estou protegendo os militares. Penso
que posicionar-se contra a PM é fazer o mesmo com o restante da sociedade.
Quando ocorre essa subtração de poder, de forma subsequente, aumentamos a
insegurança ao ampliar a impunidade dos criminosos.
Bem, depois de tanto rodeio
e até mesmo um texto pouco organizado, penso que, mesmo com todo esse cenário
adverso, temos condições de mudar. Falo de mudança profunda, que varra essa
corja e que limpe nossa cara perante o resto do mundo. Algo como uma reforma
política que realmente profissionalize a administração pública, onde os órgãos
e entidades sejam voltados para o bem estar social de forma a atender os
anseios da população.
Resumo
da ópera: no próximo texto devo abordar essas atrocidades que vem
acontecendo contra crianças. Meninas violentadas e assassinadas de forma brutal.
Mas, como o texto de hoje, gostaria de chamar a atenção sobre a
responsabilidade de cada um, sobre o que cada um pode fazer. E esse poder vai
muito além de manifestações de luto nas redes sociais. Ah, e será por que
introduzi meu texto com base na ditadura? Pense!