Saudações meus nobres
companheiros! Vamos indo em frente com nosso trabalho que já tem reconhecimento
internacional!!! E não é brincadeira, temos acessos nos Estados Unidos, Canadá,
Espanha e Portugal!!!
Para essa publicação, estava
pensando em escrever sobre essa questão de homossexualidade, mas vou esperar
render um pouco mais para argumentar com mais profundidade.
Hoje, escrevo sobre os
filmes “Tropa de Elite I e II”, sendo que o segundo passou na televisão
aberta
segunda-feira passada.
Nós, militares ou
ex-militares, observamos as produções com outros olhares. Vimos parte da
realidade do que se passa em nosso cotidiano, principalmente no primeiro filme.
Não tive acesso a um curso BOPE, mas penso que a realidade seja próxima daquilo
que foi produzido. Obviamente, em outros Estados da federação as proporções e
os níveis de combates são diferentes dos apresentados no Rio de Janeiro.
Arrepiamos, gostaríamos de
estar lá, passamos aperto e até choramos ao ver cenas fortes de combate com
perda de PM’s. Entusiasmamos com “trocas” frenéticas e serviços de qualidade
sendo produzidos e apresentados para a sociedade.
Já o olhar do cidadão comum,
tem a oportunidade de ver um pouco do estresse da profissão e acaba por
concentrar seus olhares na violência policial ilustrada com o “pede para sair!”,
as “sacoladas” e com a corrupção exacerbada dos policiais dos batalhões de
área.
O segundo filme aponta
diversas situações da vida pessoal do protagonista, passando por um processo de
separação e problemas dentro da instituição sendo, inclusive, subtraído do
serviço operacional e sendo transmitido para o administrativo.
Bem, dito isso, vamos para o
mais importante, sendo que a grande maioria das pessoas se concentra no que foi
explicitado acima e acaba deixando de lado a oportunidade de abrir seus olhos
sobre a realidade nua e crua, sobre as “coisas” como verdadeiramente são. Para
facilitar, enumerarei em tópicos, quais sejam:
-
- A posição do comandante geral da PM.
Principalmente no segundo filme, ainda mais por tratar-se de cargo de
confiança, livre nomeação e exoneração. Tal “personagem” é apenas um fantoche.
Está ali apenas como figura representativa e para canalizar as vontades
políticas que estão por trás. Não consegue proteger os interesses da tropa, não
administra,não controla e tampouco desempenha as atividades que estão previstas
em legislação própria. Na verdade, é o Governo quem comanda, manda, desmanda e
torna o mais alto cargo da corporação como um cargo público qualquer e sem
importância.
-
- O uso da máquina pública para fins pessoais.
Também no segundo filme, vimos deputados, governador e secretários coniventes
com “coisas erradas” com a simples e pura finalidade de angariar votos para a
próxima eleição, participando, inclusive, de ações criminosas para promoção
pessoal. Além disso, temos a apresentação da Secretaria de Segurança Pública
desenvolvendo trabalhos para o Governo e pouco se lixando para suas finalidades
reais.
-
- A corrupção policial. Por mais que a
abrangência e o poderio dos corruptos sejam amplos, pode ser observado que são
poucos os envolvidos com “as coisas erradas”. Tudo bem que era o comandante
que, teoricamente, tem amplos poderes, mas na verdade eram 5 ou 6 personagens
envolvidos no processo. Isso mostra e prova que a minoria que acabam por pichar
e poluir o nome da instituição.
Essas
foram apenas algumas percepções sendo que os leitores podem rever as obras
“fictícias” e tirarem suas próprias conclusões.
Um
detalhe interessante é que ao final do segundo filme, o personagem principal
faz uma crítica ferrenha ao Congresso Nacional que deve ser considerada,
inclusive, como a parte mais interessante do filme. Vamos aguardar o Tropa de Elite III que deve ser "combatendo no Planalto Central".
Resumo da ópera: para
que ocorra uma melhora na situação operacional dos policiais militares, faz-se
necessária uma lei que altere o processo de nomeação do comandante geral. Vem
sendo ventilado algo sobre lista tríplice, mas o mais importante é que seja um
nome ratificado e atestado pela tropa. E isso iria proporcionar, inclusive,
muitos benefícios para a sociedade em geral, uma vez que uma polícia
efetivamente estruturada e policias motivados contribuem para redução da
corrupção e melhoria dos serviços prestados.
Resumo da ópera II: as
produções tentam refletir a realidade do que se passa. O sistema realmente é
feito para não funcionar ou para atender apenas alguns ramos da sociedade,
principalmente os mais abastados. Nós cidadãos de bem, temos que ter a real
noção da importância e capacidade de mudança que carregamos de dois em dois
anos. Um voto consciente é a arma capaz de mudar o atual panorama
político-social.